19/06/2011

Tomei vinho no restaurante

A minha volta do fundo do poço, não foi uma volta triunfal. Sempre foi mais como diria Lenin: um passo para trás, para dar dois passos para frente. Foi difícil, e é ainda hoje. Diante disso posso apontar dois fatos significativos para mim:
1) em 2008, fui até a Justiça Federal, depois sentei numa confeitaria e tomei um café com pão de queijo, sem medo algum. Fiquei tão feliz que liguei para minha irmã de lá, só para contar a minha façanha.
2) a segunda vez, foi no dia 16/12/2010, quando pela primeira vez, com 37 anos na cara, almocei e tomei uma taça de vinho sozinha. A sensação foi ótima, reveladora, estimulante, fascinante.

Como pude demorar tanto tempo para fazer algo tão simples? É que nunca é tão simples. Não sentir medo, raiva, solidão. Só uma sensação de que é isso que quero para minha vida.

Poder decidir o que quero fazer sem levar em consideração a opinião de ninguém.

L I B E R T A D O R

Sinto como se tivesse me preparado para viver sozinha para o resto de minha vida, o que é verdade e sempre foi. Nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos.

Lembro como foi a primeira vez que fui no cinema sozinha, devia ter uns 17 anos. Estava morrendo de raiva do meu namorado na época, e fui como que num sentimento de revolta.

A última vez que fui no cinema sozinha minha mãe me levou e ficou passeando com uma amiga no shopping. Blargh!! O que aconteceu comigo? Por que fiquei tanto tempo sofrendo?

Apenas sei que não pautarei minha vida pelo medo, seja ele qual for.

Hoje sei que comigo, as coisas funcionam de forma lenta e vagarosa. Vou no meu ritmo, sem esmorecer. Sou lenta, muito lenta para mudanças. Preciso de tempo para digerir a mudança, aceitar, assimilar. Sou assim. Lerdinha.

Poeminha bobo

Receita da felicidade (5/01/2005)

Flores amarelas para alegrar
Um gatinho para acariciar
Um cachorro para babar
Um homem para amar
Um livro para adorar
Vinho para beber
e massa para comer.


Simples mas verdadeiro.